Espancaram uma mulher na via pública. Espancou-a o seu companheiro. Durante o dia, ao que parece. Este crime público na via pública suscitou interesse nos trausentes: turistas, empregados de hotelaria, passeantes... Todos pararam para ver. Ninguém se lembrou de intervir, ninguém se lembrou de a socorrer. Não, ficaram a observar a cena, interessados, provavelmente a comentar entre si o espectáculo. Foi preciso uma outra mulher* parar o carro e chamar a polícia. Os que já lá estavam, apenas observaram como se de uma novela se tratasse. É nestas alturas que se quedam as vozes. E os discursos do está tudo feito fazem uma pausa, com algum pudor. Amanhã recomeçam, indiferentes aos estalos de hoje. Estalos não. Socos.
*Que fique bem claro que não fui eu; tomei conhecimento do caso pelo jornal.
domingo, 13 de julho de 2008
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2 comentários:
esqueceste-te de dizer que ontem um gajo levou um tiro na mão porque foi defender uma gaja que estava aos berros!
Esqueci-me também que na sexta morreu uma mulher porque o ex-companheiro não queria que ela escolhesse outro que não ele.
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