quinta-feira, 1 de novembro de 2007
Dobrada à moda do Porto
Um dia, num restaurante, fora do espaço e do tempo,
Serviram-me o amor como dobrada fria.
Disse delicamente ao missionário da cozinha
que a dobrada (e era à moda do Porto) nunca se come fria.
Impacientaram-se comigo.
Nunca se pode ter razão, nem num restaurante.
Não comi, não pedi outra coisa, paguei a conta,
E vim passear para a rua.
Quem sabe o que isso quer dizer?
Eu não sei, e foi comigo...
(...)
Sei isso muitas vezes,
Mas, se eu pedi amor, por que é que me trouxeram
Dobrada à moda do Porto fria?
Não é prato que se possa comer frio,
Mas trouxeram-mo frio.
Não me queixei, mas estava frio,
Nunca se pode comer frio, mas veio frio.
Álvaro Campos
Abuso da palavra da responsabilidade de
Anónimo
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3 comentários:
Por vezes, as misturas culinárias só destemperam as situações.;)
muita mistura faz mal à digestão : ))
à moda do Porto é sempre bom :)
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