quinta-feira, 26 de abril de 2007

No kisses, no prince




O que mais me irrita nos contos de príncipes e princesas é a discriminação subtil, ou melhor, a desigualdade de oportunidades ali patente! Enquanto o rapaz (príncipe ou não) apenas dá um beijo numa semimorta muito bela, a rapariga (quase sempre plebeia) sujeita-se a dar beijos em sapos que nem sempre se transformam em príncipes (o factor sorte a funcionar)!
Eu cá nunca conto estórias dessas às criancinhas! Tenho pena dos sapos…

14 comentários:

Woman Once a Bird disse...

Agora imaginemos o contrário: um moço muito belo beijar uma rã. E a questão da probabilidade?

Woman Once a Bird disse...

Adoptemos o lema "No Prince, No Kisses"!

Anónimo disse...

sim, tem mais lógica, mas como eu comecei primeiro pela imagem... o sapo com aquela atitude... Depois é que veio outros pensamentos, enfim...

Anónimo disse...

Já sabem que sou distraída... então, nessas histórias, os sapos não se transformam sempre em Príncipes?

Há muito tempo que não beijo um Príncipe. Sapos não, que são viscosos. Beijar é para colar mesmo.

Woman Once a Bird disse...

E depois há as moças plebeias que sabem que não passa de um sapo, mas continuam aos beijos. Ao sapo.

Anónimo disse...

e há quem os engula! gostos para tudo.

Bayushiseni disse...

Um rei ia caçar. Javalis suponho. Deu de caras com maior do que ele. O javali trucidou-o. O rei quase morria. A comitiva, gostando dele, apressou-se a encontrar quem o curasse. Uma bruxa de uma feiura que, comparando, deixava qualquer sapo a parecer-se um príncipe, foi a única curandeira que encontraram. Curou-o e o rei, agradecido, disse-lhe que lhe daria o que ela quisesse. Logo ela lhe disse que o iria procurar ao palácio. Assim foi. A feia bruxa entrou no palácio e pediu que o príncipe, filho varão, se casasse com ela. Que dor! Ele tão belo, tão amado, tão cheio de virtudes, ter que casar com um ser tão repelente. A corte revolta-se. O povo quer linchar a bruxa. Mas o príncipe diz a todos que se asa, pois a palavra de seu pai foi dada e ele por bem acha que a deve cumprir. O casamento é marcado e em breve se dá. O príncipe pede a todos que se alegrem, pois uma noiva deve ver pessoas alegres no dia do seu casamento. E para agraciarem o seu príncipe todos o tentam fazer, malgrada a lágrima que insiste, teimosa na cara de alguns. A bruxa espanta-se com a generosidade deste seu marido. Na noite de núpcias aparece-lhe como a mais bela das mulheres. Ele espanta-se. Ela dá-lhe a escolher. "Queres que passe as noites contigo, bela e ardente e os dias a teu lado com uma bruxa disforme, ou queres-me de dia a teu lado como uma linda mulher e as noites as passes com um monstro feio e malcheiroso? Escolhe e eu cumprirei. A isto o príncipe replicou. "Não posso escolher por ti. O que decidires, minha esposa, estará bem para mim." E ela, surpresa, não escolheu nada o que lhe tinha proposto.

Anónimo disse...

Olá Talisca,
pois quando não se gosta de alguém tanto faz que seja ou não belo. A bruxa teve a resposta que merecia.

Mr. Lekker disse...

Mas o que é isto?!? Tanta moça crescida a falar em príncipes e sapos? Tantos anos de feminismo para nada!!!

Anónimo disse...

Ei, quem lhe disse que eu era feminista!
sim, eu acredito nos contos de fadas!

Abraço

Woman Once a Bird disse...

Mr Lekker, foi focado algum aspecto menos confortável, foi?
E sempre quero que me explique o que entende por "feminismo".

Mr. Lekker disse...

Apesar do meu ar de príncipe, tal não significa que tenha sido sapo anteriormente... :) Mas se tivesse que escolher, antes pássaro que rã. É que com estas perninhas não escapava aos gostos mais gourmants!!! (Just kidding)

Mr. Lekker disse...

Quando escrevi pássaro referia-me obviamente a sapo!!!

Woman Once a Bird disse...

Essa "escrita falhada"...