- Do "caso Esmeralda", das petições civis, dos clamores, dos entendidos de algibeira que opinam sobre o caso como se não o "conhecessem" apenas dos meios de comunicação.
- Da história da pobre actriz que foi parar ao hospital com uma constipação, que por pouco não originou uma vigília à porta do mesmo, com velinhas e tudo. Da porcaria da TVI a noticiar o caso como se a miúda fosse mesmo freira; por pouco não celebraram missa em directo a pedir pela recuperação da santinha. Do ridículo que é organizar uma conferência de imprensa para a pobre coitada afirmar que é uma miúda feliz por voltar ao trabalho (autêntica vocação, é o que é).
- Da outra do outro canal, que aparece aos saltos, conversa com árvores e aterroriza os sonhos das criancinhas portuguesas com um boa noite piroso, de fazer o Vitinho enfartar de susto. Dos beijinhos que são mandados por um tipo que deve ter bigode e que lê de enfiada o nome de algumas crianças pouco afortunadas, cujo azar é o de terem progenitores que liguem tanto à florida quanto eles.
Mas mais grave que todos estes fait-divers, saturadíssima:
- Dos supostos argumentos esclarecedores que pupulam por todo o lado, em respeito ao referendo do dia 11. Como se sabe, votarei. Como também se sabe, votarei sim. Só ainda não se sabia que estou deserta para que se arrume a confusão e que se calem os "argumentadeiros" de serviço.
- Do Primeiro Ministro que vai ao Parlamento responder perante os outros eleitos por todos nós e, depois de tanta porcaria que tem andado a fazer, safa-se com uma justificaçãozita sobre um inqueritozinho que uma comissãozinha tonta promoveu junto dos alunos para saber das actividades de alcova dos progenitores.
- De um GAVE que me anda a dificultar a vida - e principalmente - a vida dos meus alunos, com exames sim exames não.
- De uma Ministra que tarda em sair - arrastando atrás, espero eu, a porcaria de equipa que ulula com ela junto à fogueira onde nos põe a arder lentamente...
- De um País inteiro que se afunda, mas que não dá conta, porque o que interessa é que por enquanto estamos mais ou menos bem. Porque na verdade, o que nós queremos é Fado...
Pintura de Edvard Munch
- Da história da pobre actriz que foi parar ao hospital com uma constipação, que por pouco não originou uma vigília à porta do mesmo, com velinhas e tudo. Da porcaria da TVI a noticiar o caso como se a miúda fosse mesmo freira; por pouco não celebraram missa em directo a pedir pela recuperação da santinha. Do ridículo que é organizar uma conferência de imprensa para a pobre coitada afirmar que é uma miúda feliz por voltar ao trabalho (autêntica vocação, é o que é).
- Da outra do outro canal, que aparece aos saltos, conversa com árvores e aterroriza os sonhos das criancinhas portuguesas com um boa noite piroso, de fazer o Vitinho enfartar de susto. Dos beijinhos que são mandados por um tipo que deve ter bigode e que lê de enfiada o nome de algumas crianças pouco afortunadas, cujo azar é o de terem progenitores que liguem tanto à florida quanto eles.
Mas mais grave que todos estes fait-divers, saturadíssima:
- Dos supostos argumentos esclarecedores que pupulam por todo o lado, em respeito ao referendo do dia 11. Como se sabe, votarei. Como também se sabe, votarei sim. Só ainda não se sabia que estou deserta para que se arrume a confusão e que se calem os "argumentadeiros" de serviço.
- Do Primeiro Ministro que vai ao Parlamento responder perante os outros eleitos por todos nós e, depois de tanta porcaria que tem andado a fazer, safa-se com uma justificaçãozita sobre um inqueritozinho que uma comissãozinha tonta promoveu junto dos alunos para saber das actividades de alcova dos progenitores.
- De um GAVE que me anda a dificultar a vida - e principalmente - a vida dos meus alunos, com exames sim exames não.
- De uma Ministra que tarda em sair - arrastando atrás, espero eu, a porcaria de equipa que ulula com ela junto à fogueira onde nos põe a arder lentamente...
- De um País inteiro que se afunda, mas que não dá conta, porque o que interessa é que por enquanto estamos mais ou menos bem. Porque na verdade, o que nós queremos é Fado...
Pintura de Edvard Munch
6 comentários:
Mas quem diz que não dá conta?
E até agora, dos anos todos que ficaram para trás, não demos conta?
E se não se fizer nada, também não damos conta que ficaremos pior?
E que se tem de cumprir uma quantidade de regras que nunca nenhum quiz cumprir mas que todos querem estar na UE?
Marta:
Digo que não dá conta, porque anda preocupado com os primeiros pontos do post. E é porque nesta altura do ano, o futebol anda um bocadinho arredado dos ecrãs, de outro modo a festa seria maior.
Não damos conta, porque assobiamos para o lado, porque nos rimos quando é só (por enquanto) o vizinho a ser atingido, porque até soltamos um é bem feito que é para aprender.
Excelente texto! Fico triste, porque cada vez penso com mais frequência "ainda bem que não estou lá", e é uma pena. Quem já viveu noutros países sabe bem que Portugal não é pior do que os outros, mas parece que de dia para dia está a estupidificar a uma velocidade vertiginosa.
pois é! tb estou saturadíssima. de outras coisas e algumas destas.
...esquizofrenia generalizada!
Entendo-te.
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