Peões e Passadeiras, Jam Sessions, Rigo 84-23
Tenho suspensas nos dedos as palavras de Clarice Lispector: "Será preciso coragem para fazer o que vou fazer: dizer."
Apetece-me partilhar o espanto, o arrebatamento, a supresa. Mas o movimento próprio do espanto é exactamente o grito que se esgota antes de se soltar, preso na garganta - no caso, o entopercimento dos dedos, as palavras que se escapam por entre os meandros da memória. Precisava de fotografias; não de imagens, mas de estados de alma. Fotografar-me a mim própria durante o deambular pelas galerias apinhadas de surpresa.
Suspensa. Duplamente fora do mundo.
A Exposição traduz, num mesmo espaço, o trabalho desenvolvido por um "artista nómada, intervencionista urbano, muralista, conceptualista e, sobretudo, activista político." (Manray Hsu), no período de tempo compreendido entre 1984/2003.
A visita é realmente a experiência do improviso através da descoberta aleatória das inúmeras galerias.
A visita é realmente a experiência do improviso através da descoberta aleatória das inúmeras galerias.
Interessaram-me especialmente três.
Como é óbvio, a fotografia estava interdita...
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