segunda-feira, 30 de julho de 2012

Boa Semana


Halima Bashir, uma médica sudanesa vítima de perseguição política, tortura e violaçãoficou conhecida durante o decurso do seu pedido de asilo no R.UA sua biografia é contada por voz própria (em co-autoria) no livro Lágrimas do Darfur Nele, a autora descreve o estado de choque, de alienação e profunda vergonha que a dominaram após a violação. Apesar de ter crescido no seio de uma família liderada por um pai moderno que a apoiou e incentivou a estudar, Halima teme pelo seu futuro.  Não tem dúvidas que, sendo médica, conseguirá assegurar a sua subsistência, mas o resto «um marido, filhos....(...) que homem quererá desposar uma mulher que foi violada»? O pai - que lhe adivinha os pensamentos - irá tratar do assunto. Halima irá unir-se a um antigo conhecido que entretanto fugira do regime viajando para Inglaterra - país que ela aprendera na escola ter sido «o berço da democracia» -, portanto, ela irá contrair matrimónio com um marido ausente. Já na Europa - e devido às dificuldades que estava a ter para conseguir o reconhecimento como asilada (o qual lhe foi recusado duas vezes) -, foi aconselhada pelo advogado a falar com os media. Será esta opção que determinará que se torne o rosto da denúncia das atrocidades cometidas no Darfur, em particular, as agressões contra as mulheres.
No seu livro, Bashir descreve a sua infância numa aldeia e relata a sua experiência enquanto aluna numa escola onde as meninas árabes recebiam tratamento privilegiado contrastando com as negras, as quais eram constantemente castigadas e obrigadas a realizar todo o tipo de tarefas (incluindo limpar a escola). Curioso que na sua obra Halima caia na tentação de um discurso discriminatório e estereotipado em relação a outras nacionalidades: p.e. quando acusa os somali de abusarem do sistema de asilo inglês, ou quando se queixa das suas vizinhas iraquianas que reclamavam do tamanho exíguo do apartamento.


E agora, mais perto de casa...

O que dizer disto? Ou disto?

quinta-feira, 26 de julho de 2012

As Primeiras Mulheres Repórteres - da Isabel Ventura


Quero apresentar-vos um livro. 
Da Isabel Ventura. E não o recomendo só porque ela é-me muito próxima (que é). Devem lê-lo, porque resulta de um trabalho sério sobre as primeiras mulheres que se atreveram a entrar nas redações de jornais, mesmo quando os outros repórteres alegavam que não deviam porque assim não poderiam praguejar, ou quando lhes gozavam as meias de vidro, ou eram apoucadas porque sim. A Isabel traz-nos relatos que não conhecíamos de um país aparentemente distante, de mulheres e homens que fizeram este País ser menos pequenino do que era.

O livro da Isabel é muito bom. Tão bom que foi prefaciado pelo Fernando Alves, que o apresenta com o jeito que lhe conhecemos. Só dele.





segunda-feira, 23 de julho de 2012

Boa Semana




As últimas duas semanas têm sido recheadas de emoções fortes. Esta, que agora se inicia, promete uma ida ao inferno.

Never quit

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Boa Sexta Feira




Esta semana - a correr à velocidade com que nos cortam direitos - tive a oportunidade de me certificar que ainda não me consegui habituar à maldade humana. Senti-me afogar na descrença e foi então que a lembrança da notícia com que iniciei a semana me salvou de ser engolida pela desesperança.

my valentine for you two/too