tag:blogger.com,1999:blog-19775012.post7369297464720182876..comments2023-10-22T13:05:58.684+01:00Comments on Um blog que seja seu: ...Uma Primavera ComplicadaWoman Once a Birdhttp://www.blogger.com/profile/04211304996187369451noreply@blogger.comBlogger2125tag:blogger.com,1999:blog-19775012.post-85890003993016430152007-03-30T15:46:00.000+01:002007-03-30T15:46:00.000+01:00credo! o que é aquilo em cima??!!credo! o que é aquilo em cima??!!Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-19775012.post-63740190285380554842007-03-25T11:31:00.000+01:002007-03-25T11:31:00.000+01:00Nada está viciado, sei que lá estive e vi-te olhar...Nada está viciado, sei que lá estive <BR/>e vi-te olhar para mim como lírio vivo<BR/>a desabrochar no sol madrugador da Primavera, <BR/>não dormimos nesse dia, <BR/>fomos colher morangos à beira do riacho<BR/>encontrado por acaso no topo <BR/>duma montanha amarela, empinada<BR/>para este sonho vertiginoso e celestial <BR/>que quando acontece é como se <BR/>não existissem catedrais nem orgãos suficientes<BR/>para comporem a sinfonia de silêncio <BR/>que nos uniu, nesse dia<BR/>fizemos amor, rebolando consoante as <BR/>sombras das árvores e enquanto o<BR/>tempo passava com víboras intensas<BR/>a bailar um transe de separação,<BR/>nunca, jamais, fomos inundados <BR/>de ramagens e tendões tão divinos, a sílaba <BR/>foi esta, natureza pura, obstinada<BR/>em catacumbas herméticamente fechadas<BR/>por revelar, na combustão das candeias,<BR/>à lareira, nesga com cheiro sincero a incenso,<BR/>peles nuas a tocar o mármore frio,<BR/>a doce aragem de sépia a escaldar,<BR/>a poesia que me deste soou a renascer<BR/>e compreender que engoli centígradas <BR/>despovoadas de neurose, sopraste-me <BR/>para acalmar o suor da face de pinguin <BR/>endoidecido de surpresa coincidência, fomos <BR/>massajados pelo afecto comum,<BR/>plumas, rebentação e espanto emergiram <BR/>juntos no momento em que algo <BR/>no coração possibilita união, solenes<BR/>bolbos de jacintos plantados no desejo <BR/>da tua primeira silhueta me ter atingido <BR/>no centro harmónico deste ritmo absurdo, <BR/>salvaste-me, vilipendiarei mosteiros,<BR/>despejarei bancos, resgatarei gargantas <BR/>para nos libertar do nevoeiro soturno que<BR/>tenta apoderar-se tal qual parasita tagarela<BR/>a pregar que tudo já foi dito, não <BR/>desistas rutilante musa das costuras incríveis, <BR/>somos únicos, só nós sabemos, <BR/>nunca nos perderemos aconteça o que acontecer,<BR/>aproveitando cada percurso desertificado<BR/>emergiremos do cal como esculturas de esforço,<BR/>girassóis de sins banhando-se em fontes <BR/>de ventos e argila fervorosa, a tudo imunes, <BR/>nada desperdiçando, sempre que estamos juntos <BR/>todos são enterrados na vitória abençoada <BR/>que iluminou a decisão de devolver <BR/>sementes à realeza, tanto revólver de iminência <BR/>suspirou e afastou-se sem chama, padrão <BR/>usado num instante, nada disso, ao contrário,<BR/>nunca te esqueças que cada engano <BR/>emana bobines de ultrajes prescritos, <BR/>paixão desencandeia pavores lancinantes <BR/>como chuveiro fresco num dia de Verão,<BR/>deita fumo à ferida que doeu e tanto esperou,<BR/>lavaste-me da depressão que acolhe <BR/>e castra possibilidades tão diversas de<BR/>te fazer sorrir, cambaleares a abraçares-me,<BR/>fico abismado perante o privilégio, Blackjack <BR/>deu a conhecer a reacção, algo se completou <BR/>no sobressalto d’adrenalina cultivado <BR/>nesta praia restricta de dunas movediças<BR/>e ondulantes que nos embalaram possúidos<BR/>por berços insanos de curiosidade encarnada, <BR/>choraremos delírios impressionantes e<BR/>valerá a pena guardá-lo porque tudo passa,<BR/>nunca basta, nunca é demais que transborde, <BR/>só ciúme despejado e ressentimentos não ditos <BR/>podem abafar a indescrítivel alienação aurática<BR/>que nos protege contra todas as balas, <BR/>em braçadas, perseguindo a alegria contagiosa, <BR/>é campo aberto com malmequeres <BR/>entreabrindo-se, vendo respirar o divertimento <BR/>deitado a meu lado nesta cama acolchoada, <BR/>por entre pétalas rasteiras vivo em fotosíntese<BR/>defronte a tal céu de nuvens reais, sem fome<BR/>nem dores, assoei-me cordialmente a teu cabelo<BR/>e ninguém se ofendeu, evaporou-se e <BR/>perdoaste-me, já sabes do descontrolo e estás à espera <BR/>de veres agir assim quem te estimula, a cada dia <BR/>que relembro onde começou, apodera-se <BR/>nativo novo alento para sempre que nos vemos <BR/>lá permanecermos, doidos e encandeados <BR/>por feixes granulados de cores e formas oníricas <BR/>a quem damos vida, nomes, contos, histórias dum <BR/>oráculo recente, inventamos vestuários e<BR/>fruta sem pesticida, sabe bem não te abandonar,<BR/>venham provocar-me lavrando flancos faiscantes <BR/>que aguardo aqui, a fumar meu cigarro, <BR/>já tocado pelas cervejas, a relembrar a leveza<BR/>cujo Olimpo feriu atingido, pode ser banalizada <BR/>mas seria mentira suicida, estou embrulhado<BR/>só para me partilhar contigo, sucesso invocado<BR/>num oásis que bruxuleou sem raciocinar, <BR/>tinha que ser, não seria solução patinar <BR/>para longe por precaução de compromisso, <BR/>parecidos como bolas de sabão a esvoando, <BR/>és cebola sublime que descascarei lentamente<BR/>como escaldante tulipa de lábios estrelados, <BR/>tão atraente tua cara vista bem de perto, <BR/>sem precauções, consentimento súbito só<BR/>com a intenção de dar esta carícia imaculada <BR/>arrastando meu mindinho molhado,<BR/>tenramente, ao longo de tua fina espinal medula, <BR/>até me arrepio, sempre que te toco sei<BR/>que seria maneta se te perdesse de repente, <BR/>comeria chagas e queria ser atropelado por locomotivas,<BR/>um beicinho nítido a escarnecer a vulgaridade <BR/>que assimilaste de mim, mesmo assim <BR/>te diria que és tão especial cuja essência que ressoa <BR/>na tua ausência lacrimeja, avassala de súbito<BR/>tudo o que fui, devastando qualquer distracção<BR/>espero-te pacientemente, não te vejo à dias <BR/>perdido em ninharias incomparáveis a Ti, <BR/>apoteose narcótica e incurável sem tua alma,<BR/>preciso de oferecer a prenda mais escabrosa que<BR/>tente alcançar o sufocante idílico da tua presença <BR/>permanente, empunharei teus dentes luzídios <BR/>como memória de cada molécula de meu corpo <BR/>que desprezo perante a possibilidade de tal empatia, <BR/>vamo-nos renegar a reinvindicar o<BR/>sortilégio predilecto que nos assolou duma acentada,<BR/>trunfos carecas na mesa, nada evitarei dispensar e<BR/>encorajar nesta ode de tortura enseada, emerjo novo,<BR/>necessito que encurrales esterco em bençãos e<BR/>nossa aproximação porca será um pôr-do-sol com<BR/>pequenos flocos de neve onde tombarei inteiro<BR/>por entre a vacuidade dos livros inscritos, <BR/>estou perdido, saudades são a raíz da gravidade <BR/>diletante desta situação suspensa em <BR/>canteiro plantado por seio de entranhas grotescas, <BR/>tais simbioses vão sucedendo vazias,<BR/>peças perdidas dum futuro desconhecido e, <BR/>nas profundezas da consciência <BR/>adormeço contigo a abanar a cauda escamada, <BR/>afastando restos de tradição para atracar <BR/>na raridade das pérolas da Tua perfeição,<BR/>abre os braços e vamos viver como se nada existisse,<BR/>sou mero camarão e teus cantos suaves <BR/>emaranham minha carapaça em novidades tão cáusticas <BR/>que desfaleço mais e mais e mais e mais, <BR/>minha medusa das ninfas de todos os elementos <BR/>esquece o sono e que nada nunca mais tenha fim...<BR/> <BR/><BR/>in TREPIDAÇÃO/TREPANAÇÃO 2004<BR/><BR/><BR/>WWW.MOTORATASDEMARTE.BLOGSPOT.COM<BR/><BR/>para contrabalançar o cansaço, a leveza.linfoma_a-escrotahttps://www.blogger.com/profile/17523079091111340239noreply@blogger.com