terça-feira, 15 de junho de 2010

Uma Mulher em Palco - Duas em Mente

(fotografia de Rodrigo de Souza - mais aqui)

A Electra de Olga Roriz é-me muito mais interessante que a Electra de As Coéforas. A angústia da personagem percorre todo o corpo da bailarina, assumindo um rosto de dor, dúvida e (finalmente) determinação.  Ainda assim, e apesar de Olga, não compreendo Electra. Saí da sala não (só) com esta última, mas com a Mãe. A Oresteia sempre me causou grande perplexidade: os dois filhos, Orestes e Electra, preferem um Pai ausente e assassino (da irmã mais velha, Ifigénia) do que uma Mãe vingadora da morte da sua filha. Um Pai  assassino  e sedento de poder é preferível a uma Mãe que substitui um marido e Pai traidor?

5 comentários:

Anónimo disse...

Eu sempre disse a uma certa pessoa que me falava do "berço da civilização ocidental" que os gregos eram loucos : ))) e pouco feministas!!

Alix disse...

há filhos e filhas deficientemente educados e com as lealdades trocadas

Woman Once a Bird disse...

Helena, os Romanos não vieram fazer grande coisa, os copiões.

Alix, também há filhos e filhas deficientes. :)

Anónimo disse...

Foi uma fatalidade! Os romanos contactaram com os gregos e veicularam a sua cultura por todo ocidente... contaminando assim tudo e todos : )))

Anónimo disse...

Por achas que eu me chamo Helena? (Vestígios dessa contaminação)